sábado, 26 de janeiro de 2013

A Eclésia

A Eclésia (em grego: Εκκλησία, ekklesia) Era a principal assembléia da democracia ateniense na Grécia Antiga. Era uma assembléia popular, aberta a todos os cidadãos do sexo masculino, com mais de dezoito anos que tivessem prestado pelo menos dois anos de serviço militar e que fossem filhos de um pai natural da "polis" (a partir do ano de 452 a.C. também a mãe o teria de ser).

Atuava no âmbito da política externa e detinha poderes de governação relativos à legislação, judiciais e executivos, como por exemplo, decidindo a destituição de magistrados. Também fiscalizava todos aqueles que cargos de poder, de modo a que não abusassem do mesmo e desempenhassem as suas incumbências o melhor possível.[1] Durante a guerra do Peloponeso foi atribuída uma remuneração ("misthos ecclesiastikós"), aos cidadãos da Assembleia, uma vez que as reuniões se realizavam com alguma frequência (cerca de quatro vezes por mês) e podiam demorar um dia inteiro. Estas reuniões realizaram-se, em Atenas e durante o século V a.C., na colina da Pnix, diante da Acrópole, tendo também ocorrido na Ágora e no teatro de Dionísio. Neste século era eleito um pritaneu para chefiar cada reunião, denominando-se este cargo de epístata. A tribuna a partir da qual se faziam os discursos denominava-se "bema", e nestas assembleias os pritanes (cinquenta membros de cada tribo que pertenciam ao Conselho dos Quinhentos) detinham o poder máximo.[2] Foi criada por Sólon em 594 a.C..

 A Eclésia abria suas portas para todos os cidadãos para que se nomeassem e votassem magistrados (indiretamente votando para o Areópago) e estrategos, para que se tivesse a decisão final acerca de legislação, guerra e paz; e para que os magistrados respondessem por seus anos no cargo. No século V a.C.. havia 43 000 pessoas participando da Eclésia. Originalmente, se encontrava uma vez a cada mês, mas mais tarde se encontrava três ou quatro vezes por mês. Os assuntos eram estabelecidos pelo Bulé. Os votos eram contados pelas mãos. Wikipédia O que é a EKKLESIA? Palavra do original grego que significa a principal assembléia da democracia ateniense aberto a todos os cidadãos do sexo masculino com mais de 18 anos onde se tomava decisões jurídicas, legislativas e executivas. Podemos comparar ao nosso atual congresso nacional.

Traduzindo para o latim ekklesia passou-se a chamar Ecclesia, que quer dizer “igreja”, mas com o original de seu significado como sendo “abrigo de ovelhas”. O termo igreja passou a ser bastante utilizado pelos cristãos principalmente a partir do século IV. Mas não esse meu principal motivo de compartilhar esse testo e sim de tentar entender como atualmente nós damos significado e principalmente sentido a palavra igreja. Às vezes nos fazemos coisas e cremos em coisas, mas sem o devido questionamento: “por que assim o fazemos ou cremos”. É um ato meio que por osmose: “eu nasci assim, eu cresci assim”, por que nós cristãos nos reunimos no mínimo todos os domingos num lugar que chamamos de igreja e achamos que isso é cristianismo ou nos auto-denominamos cristãos? Fomos capazes de aprisionar um Deus maravilhoso, poderoso, onipotente, onipresente e onisciente a quatro paredes, conseguimos resumir tudo que os cristãos do Livro de Atos e os cristãos do primeiro século deixaram por herança a uma mera reunião domingueira para seguir ritos e costumes muitas vezes de origem duvidosa. Não pense que estou revoltado ou magoado com a igreja, mas fui chamado a pensar, como diz aquele ditado: “penso, logo existo”.

Não há mais condições de viver esse tipo de igreja: domingo, ponho a roupa de “crente” vou para o culto, logo após umas duas horas, ponho novamente minha roupa de “homem secular” até o próximo domingo como se fosse possível separar o homem espiritual do secular. Creio que isso não é ser igreja, nós somos a igreja de Cristo, fazemos parte desse corpo no qual Ele é o cabeça. Dizemos: “vou a igreja para adorar a Deus”, creio que não precisamos ir a igreja para adorá-Lo, podemos adorá-Lo fora dessas quatro paredes com uma atitude de carinho com nossas famílias e pasmem com nossos inimigos também. Dizemos: “vou a igreja para buscar a Deus”, como vamos a igreja para buscar a Deus se Ele já está em nós ditos convertidos? Creio que atualmente perdemos o verdadeiro significado da palavra Igreja, institucionalizamos toda uma essência cristã numa construção fria e que gira em torno do umbigo daquelas que lá estão, tipo um clube social onde pago a mensalidade (dízimos e ofertas) em troca do cumprimento das minhas necessidades e confortos (bençãos, bençãos e bençãos). Nossas motivações de irmos à igreja têm que ser revistas, nossos conceitos sobre igreja também. Aprendamos com os primeiros cristãos que se reunião de casas em casas com salmos, profecias, palavra e principalmente o partilhar do pão.

A verdadeira igreja de Cristo não fecha as portas ao acabar do culto, nem muito menos só abre aos domingos ou em algum evento, ela está sempre de portas abertas, numa escala de 24h por 7dias e somos chamados para ser essa igreja, somos templos vivos do Espírito Santo. Não vou deixar de ir à igreja aos domingos ou qualquer outro dia, mas com certeza os meus conceitos e minhas motivações ao poucos vão mudando.

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