terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Maçonaria envolvida em Fraude no Mato Grosso (Comprovado)

CUIABÁ - Sete pessoas foram presas e a Polícia Federal (PF) procura mais duas acusadas de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha em Cuiabá, Mato Grosso. Entre os presos, cinco são advogados, levados para interrogatório na Superintendência da Polícia Federal em Cuiabá. Trinta mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela PF na operação, batizada de Asafe.


Os mandados de busca foram cumpridos em residências e escritórios de advocacia. Entre os locais visitados pelos policiais federais está a casa do desembargador aposentado José Tadeu Cury, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá. Cury foi aposentado compulsoriamente no início do ano por determinação do Conselho Nacional de Justiça, assim como outros nove magistrados acusados de envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos públicos para socorrer financeiramente uma loja maçônica em Cuiabá.
A denúncia que motivou a decisão do CNJ apontava que os desembargadores, valendo-se de seus altos cargos, receberam de forma privilegiada créditos oriundos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, e determinaram o pagamento a alguns magistrados para que todos prestassem auxílio financeiro à Loja Maçônica Grande Oriente. O desvio de dinheiro, num total de R$ 1,2 milhão, serviria para pagar um rombo milionário em uma cooperativa de crédito da Ordem Maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso.

Os policiais também cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de Jarbas Nascimento, ex-chefe de gabinete do desembargador aposentado, no bairro Boa Esperança. O advogado de Jarbas, Otto Medeiros, disse que seu cliente está prestando depoimento na sede da PF.

Seis membros do Ministério Público Federal e dez representantes indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, também acompanharam os policiais no cumprimento dos mandados em Cuiabá, Várzea Grande e Alto Paraguai.

A apuração começou há três anos, quando a Polícia Federal em Goiás verificou situações que envolviam possível exploração de prestígio em Mato Grosso. A investigação foi determinada pela ministra Fátima Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O inquérito judicial corre em segredo de justiça. Por este motivo, a PF não dará detalhes das investigações. A Polícia Federal apenas informou que pretende ouvir 40 pessoas durante a investigação.

Participam daOperação Asafe 125 policiais federais e dois médicos, acompanhados de seis membros do Ministério Público Federal e 10 representantes indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mato Grosso.

Os crimes investigados são de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. A Polícia Federal explicou que o crime de exploração de prestígio é diferente do tráfico de influência, porque não envolve servidor público, mas pessoas ligadas a eles. A investigação foi denominada Asafe em referência ao profeta que escreveu o Salmo 82 da Bíblia, que trata de julgamento injusto.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/pf-prende-sete-acusados-de-desvio-de-recursos-do-tribunal-de-justica-do-mato-grosso-3007177#ixzz2nl5Mxvj3

Fonte : http://oglobo.globo.com/pais/pf-prende-sete-acusados-de-desvio-de-recursos-do-tribunal-de-justica-do-mato-grosso-3007177

Nenhum comentário:

Postar um comentário