terça-feira, 28 de agosto de 2012

CRISE CONTEMPORÂNEA - 1 Parte

CRISE CONTEMPORÂNEA
Jesus Respondeu e disse-lhe: na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não poderá ver o reino de Deus. Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espirito.
João 3.3,7,8
Os comentários subsequentes de Nicodemos – “Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer ?” (João 3.4,9) – revelaram, ao menos, um reconhecimento implícito de sua falta de conhecimento sobre coisas importantes [ a que Rabi se referia]
Jesus enfatizou que o verdadeiro conhecimento começa pelo conhecimento da realidade espiritual, o conhecimento que vem de Deus, e que isso se encontra na revelação do Altíssimo sobre si mesmo na Biblia e na vida e obra de Jesus, a obra salvadora da Humanidade.
Esse dialogo entre Jesus e Nicodemos ainda é relevante em nossos dias, pois os questionamentos , duvidas e frustrações que Nicodemos enfrentou há quase 2 mil anos ainda são atuais.
Nicodemos tinha certo conhecimento[das Escrituras]. Mas faltava-lhe a chave para acessar o conhecimento [espiritual], o elemento que juntaria as peças. [Como mestre de israel (joão 3.10)] Nicodemos sabia algumas coisas, contudo sua busca pela verdade o havia levado a uma crise pessoal.
Da mesma forma, hoje, sabe-se muito no sentido de ter informações e conhecimento técnico e cientifico, mas do ponto de vista espiritual das verdades eternas sabe-se tanto hoje quanto se sabia em qualquer época anterior, pois o tipo de conhecimento que subsidia a informação e dá significado à vida esta ausente.
A natureza do problema pode ser constatada ao examinarmos as duas quase exclusivas abordagens ao conhecimento de hoje [a racional e a emocional].
Por um lado, existe a ideia de que a realidade pode ser conhecida apenas pela razão. Esta abordagem não é nova claro. É a abordagem desenvolvida por Platão e assumida pelo entendimento grego e romano, depois dele.
Na filosofia de Platão, o conhecimento verdadeiro é o conhecimento da essência eterna e inalterável das coisas, não apenas de conhecimentos de fenômenos mutáveis; é um conhecimento de formas, ideias ou ideais.
Nosso equivalente mais próximo seriam as chamadas leis da ciência.
De modo superficial, essa abordagem ao conhecimento pelo exercício da razão supostamente imparcial parece desejável, porque ela é produtiva, como os avanços técnicos e atuais em geral indicam. Mas ela não vem sem problemas.
Sob um determinado aspecto, é um conhecimento bem impessoal e, como diriam alguns, despersonalizante, pois, nesta abordagem , a realidade se torna um objeto de estudo ou uma coisa, uma equação, lei, ou pior ainda meros dados e homens e mulheres se tornam dados também, com o resultado inevitável de que podem, assim, , ser manipulados como qualquer outra matéria – prima, para quaisquer fins.
Um exemplo disto é a manipulação das nações mais pobres pelas mais ricas, para o “bem” da economia em expansão destas. Tal injustiça é analisada corretamente e condenada por karl Max no manifesto comunista, o capital e outros trabalhos. Outro exemplo é o próprio comunismo que, apesar de seu ideal de melhorar o destino das massas, manipula-as com fins ideológicos.
Ao nível pessoal, há uma ciência da tecnologia comportamental e ensinamentos assustadores de um homem B.F. Skinner, da Universidade de Harvard, que indivíduos devem ser condicionados cientificamente para o em da sociedade.
Há ainda um outro problema com a tentativa de conhecer a realidade por meio apenas da razão: esta abordagem não da uma base adequada para ética.
Em consequência disto, os avanços tecnológicos de hoje são acompanhados por uma permissividade moral extrema e debilitante, que promete em seu devido tempo romper até com os valores e o sistema que que permitiram tanto os avanços como a permissividade. Esta era a mesma lógica de muitos filósofos gregos que, embora fossem homens de grande intelecto, tinham vidas depravadas.
Recentemente, as falhas do sistema racionalista contribuíram para uma nova geração no mundo ocidental que abandonou a razão, a fim de conhecer a realidade por meio da experiência emocional.
Na antiguidade, a reação mais comuns dos gregos à impessionalidade de sua filosofia se dava por meio da participação intensa deles nos rituais de religiões místicas, que prometiam uma união emocional com algum deus, induzida por luzes, musica , incenso, ou talvez drogas, e outras praticas , em tese, expansoras da mente para alcançar outras dimensões da realidade.
Essa outra abordagem moderna tem vários problemas. Primeiro , a experiência não dura. È transitória. Cada tentativa de alcançar a realidade por meio de experiência emocional promete algum tipo de extase, mas este é seguido de uma sesação de vazio, com problema adicional de estímulos cada vez mais intensos parecem tornar necessário repetir a experiência. No final isto termina em auto destruição ou em desilusão profunda.
Um segundo problema é que a abordagem da realidade por meio das emoções não satisfaz a mente. Promotores desta experiência, em particular experiências com drogas, falam de uma percepção mais intensa da realidade que resulta dela. Mas as experiências deles não tem conteúdo racional. A razão humana, que deseja analisar tais coisas e compreende-las, fica insatisfeita. O resultado dessa situação é uma crise, hoje, na área do conhecimento como na antiguidade. Muitas pessoas não sabem para onde ir.
Em suma, a abordagem racionalista é impessoal e amoral. Já a abordagem emocional é sem conteúdo, transitória e, com frequência, imoral.
“Esse é o fim ? Não há outras possibilidades ? Não há um terceiro caminho ? Muitos indagam”

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